Caindo na tentação da piada fácil, os militantes do PS jogaram pelo Seguro. Literalmente. Já para não falar no facto que Castelo Branco parece ter a maior concentração de líderes socialistas por metro quadrado. A moda começou com António Guterres, foi interrompida com Ferro Rodrigues (um erro de percurso, a vários níveis), mas prosseguiu com Sócrates e agora com Seguro.
Humores à parte, a vitória de Seguro na disputa interna socialista é o caminho mais fácil para um partido que vai fazer a travessia no deserto e precisa de cortar com o referencial destes últimos seis anos.
Seguro pactuou muito pouco nestes últimos anos com a Direcção do partido. Limitou-se a ser deputado por Braga e aproveitou os fins-de-semana para as voltas pelas secções, onde cimentou alianças e amizades. Tó Zé, como é conhecido nas hostes socialistas, fez o trabalho de casa e, supostamente, vê agora recompensado esse esforço. Mesmo quando todos parecem esquecer que em muitas vezes, quando poderia falar, Seguro remeteu-se ao silêncio.
Convenhamos que, para os militantes socialistas, a escolha não dava muita margem de manobra: ou escolhiam Francisco Assis, o rosto de suposta continuidade, ou optavam por uma improvável ruptura que lhes era oferecida por Seguro.
O novo secretário-geral terá agora que mostrar que não é um líder de transição e não apenas alguém para “queimar” enquanto eternos candidatos a líder aguardam por melhor oportunidade. Não terá tarefa fácil. Acredito que, depois de vários anos com o culto da personalidade à volta de Sócrates, o PS arrisca-se a ter o mesmo que aconteceu no PSD: Disputas de liderança, comentários nos jornais, assassínio de carácter, fontes anónimas, senadores… A seu favor para tudo isto não aconteça no imediato, Seguro tem o factor tempo: o actual Governo poderá durar mesmo 4 anos e, pode ser que, até lá, o novo líder socialista consiga consolidar e cimentar as suas relações. Internas e externas.
No fundo, o que os militantes socialistas que votaram nele agora pedem é que Seguro faça na liderança aquilo que andou a fazer nos bastidores. Uma estratégia que leve o PS de volta aos corredores de poder. Se o conseguir, a aposta foi ganha. Se não tiver tempo para isso, será apenas mais um secretário-geral com direito a fotografia no Rato. A política é pródiga a esquecer e fácil em arranjar substitutos. Sem contemplações.
Humores à parte, a vitória de Seguro na disputa interna socialista é o caminho mais fácil para um partido que vai fazer a travessia no deserto e precisa de cortar com o referencial destes últimos seis anos.
Seguro pactuou muito pouco nestes últimos anos com a Direcção do partido. Limitou-se a ser deputado por Braga e aproveitou os fins-de-semana para as voltas pelas secções, onde cimentou alianças e amizades. Tó Zé, como é conhecido nas hostes socialistas, fez o trabalho de casa e, supostamente, vê agora recompensado esse esforço. Mesmo quando todos parecem esquecer que em muitas vezes, quando poderia falar, Seguro remeteu-se ao silêncio.
Convenhamos que, para os militantes socialistas, a escolha não dava muita margem de manobra: ou escolhiam Francisco Assis, o rosto de suposta continuidade, ou optavam por uma improvável ruptura que lhes era oferecida por Seguro.
O novo secretário-geral terá agora que mostrar que não é um líder de transição e não apenas alguém para “queimar” enquanto eternos candidatos a líder aguardam por melhor oportunidade. Não terá tarefa fácil. Acredito que, depois de vários anos com o culto da personalidade à volta de Sócrates, o PS arrisca-se a ter o mesmo que aconteceu no PSD: Disputas de liderança, comentários nos jornais, assassínio de carácter, fontes anónimas, senadores… A seu favor para tudo isto não aconteça no imediato, Seguro tem o factor tempo: o actual Governo poderá durar mesmo 4 anos e, pode ser que, até lá, o novo líder socialista consiga consolidar e cimentar as suas relações. Internas e externas.
No fundo, o que os militantes socialistas que votaram nele agora pedem é que Seguro faça na liderança aquilo que andou a fazer nos bastidores. Uma estratégia que leve o PS de volta aos corredores de poder. Se o conseguir, a aposta foi ganha. Se não tiver tempo para isso, será apenas mais um secretário-geral com direito a fotografia no Rato. A política é pródiga a esquecer e fácil em arranjar substitutos. Sem contemplações.