terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O desafio inútil da paridade


O jornal Público escreve hoje um artigo muito interessante sobre a Lei da Paridade que irá obrigar os partidos políticos Portugueses a ter pelo menos 33% de mulheres nas listas para as eleições. Eu, se fosse mulher, ficaria indignado por ser eleito ao abrigo desta lei. Sinceramente.




Não deixa de ser verdade que há poucas mulheres na política - para isso basta ver a actual composição na AR ou nas Câmaras Municipais. Mas a situação, a meu ver, não se resolve por quotas. As pessoas deveriam ir para os cargos porque são competentes e não por uma questão de género. Claro que se poderá sempre argumentar que mesmo sem paridade há muita gente incompetente a ocupar cargos públicos. É verdade.




Agora, penso que o caminho não passa por aí. Jà não falo sequer na dificuldade que os partidos mais pequenos vão ter para cumprir esta Lei (imagino o calibre das pessoas que irão ocupar cargos públicos ao abrigo desta lei...). Falo na impossibilidade prática de cumprir esta lei, pelo menos, à luz do princípio (mais ou menos) nobre para o qual foi criada. Mulher, mãe e política? Parece-me fruta a mais.




Como dizia alguém com alguma graça sobre esta matéria, a verdadeira paridade só existirá quando começarem a ser nomeadas mulheres incompetentes para cargos de chefia. Com esta lei estaremos seguramente mais próximos...