quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A exclusão do Paulo



Ao contrário do que aconteceu em 2002, com Durão Barroso, desta vez Paulo Portas não vai para o Conselho de Estado. A proposta do nome do actual MNE só poderia partir do PSD, que optou por Balsemão, Marques Mendes e Menezes.

As coisas são como são e o órgão de aconselhamento do Chefe de Estado não tem a importância que por aí se julga. Serve apenas para isso mesmo: aconselhar o PR quando para tal é solicitado. E, normalmente, tirando situações excepcionais de crise política, os conselheiros podem viver as suas vidinhas normalmente sem que, para isso, sejam muito incomodados por Belém.

Confesso que o que me faz alguma confusão neste processo é que o PSD poderia ter indicado o nome do líder do parceiro da coligação ou, em opção, alguém do CDS. Ao não o fazer e ao optar por uma escolha que, no mínimo, é sui generis – não preciso de dizer qual, pois não? – os sociais-democratas dão um sinal contrário aquilo que a maioria dos eleitores de direita pediram nas eleições: um governo de maioria absoluta com os dois partidos. Não havia necessidade.